quarta-feira, 23 de abril de 2008

Preconceito

Sabe por que eu te olho assim?
Porque você é diferente de mim.
É verdade...Você não pode andar
Mas você pode pensar.
E eu não posso perder meu tempo.
Preciso correr e se te esperar
Você vai me atrapalhar
Prostituta eu sei que é
Por isso não se aproxime
Quero você bem longe
Você faz parte do mundo do crime
Você não é normal
E eu nem sei, pra dizer a verdade
O que é Síndrome de Down
Será mesmo que não me fará mal?
Sua aparência é estranha
Não quero que fique perto de mim
Sua cor me incomoda sim
Você é um negro
Diferente de mim
Não posso me misturar
O que os outros vão pensar?
Fique bem longe de mim
Não posso me arriscar
Sabe-se lá o que fez
Para o HIV contrair
Muito bem, você acertou
Eu sou o Preconceito sim
Entro nas pessoas diferentes
Só pra ver o que elas sentem!

Não ao machismo!!!

Confesso que o meu lado masculino,precisa muito do elemento feminino,eu não entendo como que alguém pode prescindir, desse ser chamada mulher. Discriminada antigamente era, e como escrava sempre foi tratada, missão tinha de servir os homens pra ter filhos e deles cuidar. O homem quem a mulher não valoriza, ou é um louco ou é um "transviado". Que não entende esse tal de feminismo,está longe de conhecer o romantismo. Lembra que de barro foste feito,mas a "divina" foi do coração, nascida da costela que te falta, Deus fez a flor e virou mulher. Mulher é um ser toda ternura, dos teus modos depende o jeito dela se não aprendeu amar sua mulher então não sabe nem amar a Deus. Se o homem é a mente que pensa,a mulher é a grande inspiração. Se considera o homem o rei da criação, então a mulher possui a fonte da vida.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Japoneses


Muitas pessoas quando falam de discriminaçao centralizam no assunto dos negros , mais essa não é a realidade encontrada no Brasil onde existem varios Japoneses sendo discriminados e banidos da sociedade pela sua descendencia

Somos todos iguais


`` Quando pensamos em discriminação pensamos em favelas , guerras , entre outros ambientes , mais isso tambem é discriminar , pois nós devemos pensar que tudo pode ocorrer a todos e não que ``tal´´ coisa ocorre apenas com ``fulano´´..... nós podemos ser vitimas a qualquer momento da discriminaçao, como por exemplo podemos ir a padaria e nao sermos atendidos porque estamos vestidos simplesmente e.´´

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Diferença entre Negros Pardos e Brancos na escola

Até o primeiro grau
Negros 71%
Pardos 65%
Brancos 57%

Até o segundo grau
Negros 24%
Pardos 29%
Brancos 30%

Curso superior
Negros 04%
Pardos 06%
Brancos 13%

Difrença de Salários:

Homens brancos 6,3 Salários mínimos
Mulheres brancas 3,6 Salários mínimos
Homens negros 2,9 Salários mínimos
Mulheres negras 1,7 Salários mínimos

Discriminação Religiosa

Epa baba ifá!
Queria falar de esperança
Que fosse sem discriminação
Dá-me então Orunmilá
Referencial de anjos
Que não sejam somente ocidentais
Pra eu poder, quando chegar perto de ti,
Sentir que também faço parte de teu céu
Sinto-me só, Orunmilá! Sinto-me só!
Como negro de orfanato
Que todo mundo olha e quase ninguém quer!
Os anjos deveriam parecer com Ósúnmaré
De todas as cores, mas cor preta também!
----------------------------------------------------------------------------------------------

*Epa baba ifá - Saudações
*Órunmilá - Deus do destino
*Ósunmaré - Deusa do arco-íris.

PRECONCEITO

Quantas vezes todos nós
Já escutámos o nosso coração
E aquela incansável voz
Que nos alerta para a discriminação!?

Para quê pôr de parte?
Para quê discriminar?
Se somos todos iguais,
Não na cor, mas no olhar!

E não importa,
É o interior que interessa
Porque todos pensamos e sentimos
E, em todos nós,
O sangue corre depressa!

As pessoas não querem ver,
Não querem ter a noção
Que temos de lutar em conjunto
Para combater a discriminação.

Vamos esquecer os preconceitos
E parar de apontar,
Afinal todos queremos o mesmo:
Ser feliz e os sonhos realizar!

E, de que vale revoltarmo-nos
Se isso de nada adianta?
Uma vez que todos gostamos de viver
E, a todos, a mesma música encanta!

De que serve privar o outro
De uma existência feliz,
Se não é a nós que isso cabe,
Toda a gente diz!

Há que bater o pé,
Há que dizer “não”,
Há que respeitar o outro
Para que prevaleça a união!

E em vez de olharmos para a pele,
Vamos todos olhar para o coração!
E ver o outro como ser igual
Não como um ladrão!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Discriminão? Isso não é certo

Discriminação

Hoje em dia todos nós sabemos que o racismo existe, e não devemos nos conformar, dizendo que há países muito mais racistas do que o nosso, pois sabemos que é possível acabar com tal discriminação. Só depende de nós. Seria muita hipocrisia dizermos que nunca cometemos um ato de racismo, porque é preciso saber que até numa simples piada, que julgamos inocente, se esconde o racismo. Quando contamos uma piada de cunho racista, estamos botando na nossa mente que negros, judeus, homossexuais não prestam, nos achamos melhores do que eles; mas não é por ser diferentes da maioria que alguém deve ser considerado pior ou inferior a uma pessoa dita “normal”. Como todos deveriam saber, ninguém é melhor que ninguém. Todos nós temos, internamente, as mesmas coisas (sentimentos, cérebro, etc...) e não devemos julgar ninguém pelo exterior, por isso devemos todos nos conscientizar de que a discriminação é filha da ignorância. Devemos por na cabeça que todos nós somos iguais, sem discriminação de cor, religião, raça, escolha sexual ou atitude. Por isso, seja mais um na luta contra o racismo e não adianta apenas pensar que a discriminação é errada, devemos nos movimentar, agir, por em prática o que achamos certo.Lute contra a discriminação e tome consciência de que ninguém é melhor que ninguém.
GRUPOS RACISTAS
A discriminação não fica só na cabeça. Existem, graças a ignorância da humanidade, grupos que agem com violência contra classes discriminadas.

Como os Skinheads, que usam da força e da brutalidade, massacrando negros, judeus, nordestinos, punks, góticos, e qualquer minoria que eles “não forem com a cara”. Seguem o princípio do neo-nazismo. Dos Skinheads originam-se os White Power (Poder Branco) que caçam como animais pessoas negras e imigrantes. Como todos nós sabemos, vivemos numa dita “democracia”, e assim deveríamos ter liberdade de expressão, mas minorias marginalizadas como os homossexuais, índios e mais recentemente aidéticos, acabam sendo reprimidas sem a menor chance de manifestação. Mas nunca deveríamos fazer justiça com as próprias mãos, senão estaríamos fazendo a mesma coisa que nossos repressores fazem conosco e nos tornaríamos iguais a eles.

Somos 1 só

SOMOS UM SÓ


OS VÁRIOS TIPOS DE PRECONCEITO


A discussão sobre a inclusão do negro na educação e na economia tomou conta do Brasil nos últimos anos. Uma das faces mais visíveis dessa discussão são as quotas em universidades para estudantes negros, que virou um dos pontos de afirmação, de um lado, e de negação, do outro. A discussão prossegue, com opiniões a favor e contra. E não vai ser resolvida tão cedo.
O problema, na verdade, não se restringe ao acesso do negro à universidade, mas se prende, sim, a uma questão maior, que é o próprio preconceito racial. Sim, ele existe no Brasil. Está disfarçado, sim. Mas sua existência não pode ser negada. E o pior é que, no caso do preconceito, ele não atinge só o negro, mas abrange, também, o pobre, o nordestino, os sexualmente diferentes, enfim, quem não se enquadra no padrão branco do que Henfil chamava de Sul Maravilha.
Vivendo com e sob este imenso preconceito, nada melhor do que dedicarmos um dia - pelo menos um - para abordar o assunto e declarar que queremos um país livre de preconceitos, a começar pelo racial, que é a parte mais visível deste tipo de comportamento. Hoje é um Dia de Luta contra a Discriminação Racial.
E é por causa disso que blogueiros e blogueiras do país e de fora do Brasil estão unindo seus esforços para, primeiro, mostrar que o preconceito existe e, segundo, clamar pelo seu fim. Sabemos que não existe igualdade absoluta, mas que os diferentes sejam, pelo menos, tratados como seres humanos, o que muitas vezes não são. Somente no dia em que o fosso social não mais existir é que o Brasil será, efetivamente, um país grande.
MAS O QUE É PRECONCEITO?
Segundo a
Wikipedia é “uma atitude discriminatória que se baseia nos conhecimentos surgidos em determinado momento como se revelassem verdades sobre pessoas ou lugares determinados. Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são o social, racial e sexual”.
Olhe ao lado e você verá que amigos próximos, inimigos distantes, gente do nosso círculo, de quem gostamos e quem detestamos têm este comportamento. E que ele, na verdade, é muito comum. E é contra ele que todos nós devemos lutar.
PONTOS NUMA ESCALA
Como o preconceito não é uma exclusividade brasileira, também lá fora ele tem sido fruto de estudos. E um dos estudiosos foi Gordon Allport, que a partir de seus estudos e na publicação de um livro, estabeleceu uma escala de classificação para os níveis de preconceito.
Se olharmos o caso basileiro na
Escala de Allport vemos que estamos no terceiro nível, que é o seguinte:
Discriminação: O grupo minoritário é discriminado negando-lhe oportunidades e serviços e acrescentando preconceito à ação. Os comportamentos têm por objetivo específico prejudicar o grupo minoritário impedindo-o de atingir seus objetivos, obtendo educação ou empregos etc. O grupo majoritário está tentando ativamente prejudicar o minoritário.
O QUE QUEREMOS?
Constatado que há, no Brasil, discriminação - e uma pesquisa deste blog mostrou que os leitores têm clareza disso - o que queremos é chamar a atenção para o problema, partindo da discriminação racial, mas chegando a todo tipo de discriminação. Colocando o problema às claras, deixando de mascará-lo, podemos enfrentá-lo e fazer com que a discriminação vá diminuindo.
Mas falar não é o bastante. É preciso fazer. E o primeiro passo não depende de ninguém a não ser nós mesmos. Portanto, vamos começar por adotar uma postura de tolerância, de aceitação da diferença e deixar de ver o negro, o pobre, o diferente como sendo uma ameaça para nós.
Eles, no final, querem o mesmo que queremos: viver com dignidade.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Três casos de discriminação a criança com Aids em escolas mexicanas

Um caso a mais de discriminação contra um menor que vive com o HIV foi documentado. Agora, trata-se de uma menina de seis anos de idade, portadora do vírus, que estava matriculada na escola rural Abraham Lincoln, no município de Huimilpan, Querétaro. Segundo a informação, publicada hoje no jornal La Jornada, a menina sofreu discriminação dos professores da escola por considerar que "pode contagiar outras crianças". Diante da ignorância, o coordenador do programa estatal do HIV/Aids, Ulises Losson Ovando, que denunciou o fato, informa que o pessoal da Secretaria de Saúde do Estado ofereceu ajuda à escola para oferecer cursos de informação e sensibilização aos professores e professoras. A discriminação persistiu e os cursos se estenderam também aos pais de família. Apesar destes esforços, a menor, todavia, não regressou às aulas. Este caso se soma ao que foi denunciado no dia 21 de fevereiro passado, no qual uma criança de seis anos, portadora do HIV, foi expulsa de uma escola privada em Acapulco Guerreo. Um dos pais de família, médico militar, fez pressão sobre a diretora com o argumento de que a criança representava um risco de contágio para os alunos. Em Chiapas, outro caso foi divulgado pelo NotieSe, no dia 27 de fevereiro, no qual uma menor de nove anos soropositiva não vai à escola há três anos porque foi expulsa por pressões de professoras e pais de família. Mesmo sua família tendo denunciado à Comissão Estadual de Direitos Humanos, o caso não se resolveu. Por esse motivo, familiares e organizações que a apóiam pediram a intervenção do governo federal para que se defina a situação e a menina possa continuar seus estudos. Jorge Saavedra López, diretor do Centro Nacional para a Prevenção e Controle do HIV/Aids (Censida), informa que viajará à noite a Chiapas para falar com as autoridades de saúde e educação com o objetivo de conhecer a situação e encontrar uma solução que respeite os direitos da criança. * Com informações do Notiese.
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=11207

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Discriminação : O que vem a ser?

Discriminar significa "fazer uma distinção". Existem diversos significados para a palavra, incluindo a discriminação estatística ou a actividade de um circuito chamado discriminador. O significado mais comum, no entanto, tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social, racial, religiosa, sexual, étnica ou especista.

A discriminação pode se dar por
sexo, idade, cor, estado civil, ou por ser a pessoa, portadora de algum tipo de deficiência. Pode ocorrer ainda, simplesmente porque o empregado propôs uma ação reclamatória, contra um ex-patrão ou porque participou de uma greve. Discrimina-se, ainda, por doença, orientação sexual, aparência, e por uma série de outros motivos, que nada têm a ver com os requisitos necessários ao efetivo desempenho da função oferecida.

Na esfera do
direito, a Convenção Internacional Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, de 1966, em seu artigo 1º, conceitua discriminação como sendo: “Qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor descendência ou origem nacional ou étnica que tenha o propósito ou o efeito de anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em pé de igualdade de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, económico, social, cultural ou em qualquer outro domínio da vida pública.”

Deve-se destacar que os termos discriminação e preconceito não se confundem, embora a discriminação tenha muitas vezes sua origem no simples
preconceito.

Luta para diminuir a discriminação sexual

Uma forma de diminuir a violência contra os homossexuais e demais minorias, é proporcionar-lhes proteção legal contra a discriminação. No Brasil, a Constituição Federal proíbe qualquer tipo de preconceito. Leis orgânicas de mais de 100 cidades, e as constituições de três Estados e do Distrito Federal também expressam a proibição de discriminar com base na orientação sexual. Em Salvador, Maceió, Florianópolis, Rio de Janeiro e Porto Alegre, leis estabelecem penas de multa para os praticantes de discriminação. Em São Paulo e Belém do Pará, as Câmaras Municipais aprovaram o Dia 28 de Junho como o Dia do Orgulho Gay. Neste dia, em Curitiba, São Paulo e no Rio de Janeiro e demais capitais onde existe Movimento Gay organizado, acontece uma grande passeata.

Como você vê, a situação está mudando gradativamente. Entre nessa luta! Organize-se para lutar por seus direitos. Vamos!!!

terça-feira, 8 de abril de 2008

PRECONCEITO, RACISMO E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL: O QUE É?

Racismo – "a ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos";

Preconceito - uma indisposição, um julgamento prévio negativo que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos";

Discriminação – "é o nome que se dá para a conduta (ação ou omissão) que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, tais como: a raça, o sexo, a idade, a opção religiosa e outros".

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Discriminar - Não compensa

Não me importa a cor da tua pele,tua raça, tua crença ou mesmo de onde vieste...Se és pobre, rico ou ainda se diferes dos padrões ditos normais. Meu desejo é te amar irmão, respeitar as diferenças, ver mais além do que as simples aparências!Quero aprender contigo, sair da minha pequenez, alargar os horizontes, despir-me de preconceitos de julgar-te ou condenar-te sem conhecer tua essência, que faz brilhar tua aura e nos une como iguais!

http://www.amoremversoeprosa.com/cirandas/394preconceito.htm

Discriminação é não ter...............

Nos olhos a simplicidade, nas mãos a mudança, na consciência lealdade, na boca a bonança! No corpo armação fingida, No peito vontade de vencer, No coração verdade sentida Nos braços saber acolher!!

Não discrimine!!!!!

Como você me vê, Com esses olhar de indiferença? Minha mente está lúcida... perfeita! Corre o sangue nas minhas veias,Tenho amor... alegria, Tenho emoção, Sou um filho de Deus, sou um cristão, Carrego, também, a minha beleza, Como você, pertenço a natureza, Por quê essa discriminação! Não gosta da minha pele? Dos meus olhos repuxados? Do meu sotaque nordestino? Tenho, como você, um coração, Seguimos para o mesmo destino, Pedimos perdão ao mesmo Senhor, Mas, para termos a sua absolvição, É indispensável a prática do amor! Expulse de si a discriminação, Ela destrói, corrói a consciência, Ama, intensamente, sem distinção! O amor supera todas as barreiras. E alimenta de paz o coração!

http://www.amoremversoeprosa.com/cirandas/394preconceito.htm

terça-feira, 1 de abril de 2008

O bicho

Vi ontem um bicho. Na imundície do pátio. Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava:Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.

Discriminação social, racial e de gênero no Brasil

o racismo e a discriminação a qualquer título são abomináveis aos olhos daqueles que vivem a verdadeira humanidade e que tratam aos outros com igualdade, respeito e amor independente da cor, da raça, do sexo, da idade, da profissão, etc...

O Brasil é um país de cultura escravocrata e com grande miscigenação de raças, fatores estes que contribuíram para a existência de diversidades de culturas, valores e crenças. Somando-se a isso encontramos as desigualdades oriundas dos vários anos de exploração econômica do proletariado, aos 350 anos de escravidão negra e da subseqüente abolição sem a acolhida no mercado de trabalho dos negros e sem que fossem propiciadas as condições mínimas para eles subsistissem; além das desigualdades relativas às mulheres, aos idosos e às crianças, que também foram oprimidos durante a longa conquista da cidadania no Brasil.

O Ministério do trabalho lançou um documento chamado: " Brasil, Gênero e Raça" em que distingue Racismo, Preconceito, Estereótipo e Discriminação.

Racismo [1] é a ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos, que no caso em tela pode ser traduzida na pretensão da existência de uma certa hierarquia entre negros e brancos. Segundo Ferreira [2], o racismo é a doutrina que sustenta a superioridade de certas raças, podendo representar ainda o preconceito ou discriminação em relação à indivíduos considerados de outras raças.

Preconceito [3] é uma indisposição, um julgamento prévio negativo que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos. Compulsando a obra de Ferreira [4] aprendemos que preconceito é uma idéia pré-concebida ou mais precisamente, a suspeita, a intolerância e a aversão a outras raças religiões e credos.

O Estereótipo [5] consiste em um atributo dirigido a determinadas pessoas e grupos que funciona como uma espécie de carimbo ou rótulo, que retrata um pré-julgamento. As pessoas rotuladas são sempre tratadas e vistas de acordo com o carimbo que recebem em detrimento de suas verdadeiras qualidades.

A Discriminação [6] é a denominação atribuída a uma ação ou omissão violadora do direito das pessoas com base em critérios injustificados e injustos tais como: raça, sexo, idade, crença, opção religiosa, nacionalidade, etc... FERREIRA [7] define a discriminação como sendo o tratamento preconceituoso dado a certas categorias sociais, raciais, etc...

O racismo é crime inafiançável e imprescritível segundo o art. 5º inciso XLII da Constituição Federal, o qual ganhou efetividade através das leis nºs. 7.716/89 e 9.459/97 e do livre acesso à justiça assegurado constitucionalmente, bem como da assistência judiciária gratuita.

A discriminação ocorre com maior freqüência contra a raça negra e mais precisamente em relação aos negros pobres, se agravando contra as mulheres, crianças e idosos negros e pobres.

Embora haja na nossa legislação diversas fontes e recursos de combate contra a discriminação e o racismo para que haja eficácia nessa batalha, é necessário a existência de uma consciência [8]. Faz-se mister que aqueles que são discriminados estejam conscientes da discriminação sofrida e reajam de forma inequívoca contra seus discriminadores, inclusive denunciando-os à justiça.

Por outro lado, é necessário que o povo brasileiro crie uma consciência das discriminações que existem no Brasil, eis que, comumente a sociedade nega a ocorrência de discriminações atribuindo eventuais casos que caem no domínio público a comportamentos isolados de pessoas inescrupulosas.

Ocorre que, as discriminações existem e são reais e devem ser encaradas como fatos concretos que precisam ser combatidos e resolvidos, não bastando a mera maquiagem da realidade que por si só é discriminatória e corrobora para o crescimento do preconceito, do racismo, dos estereótipos e das discriminações sociais.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos [9] em seu artigo I, preconiza que:

"todos nascem livres e iguais em direitos e dignidade e que sendo dotados de consciência e razão devem agir de forma fraterna em relação aos outros."

A Constituição da República Federativa do Brasil [10] consagra referidos princípios (igualdade, liberdade, fraternidade) no artigo 5.º:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:"

Nesse dispositivo constitucional está inserido o princípio da isonomia que significa que todos (brasileiros e estrangeiros, brancos e negros, adultos, idosos e crianças, homens e mulheres, ricos e pobres,) são iguais perante a Lei, sem qualquer distinção.

Há que se ressaltar aqui a "imprecisão" dos legisladores que ao desejarem alcançar a perfeição e cercar de proteção toda a população brasileira, se olvidaram dos estrangeiros que vem ao país temporariamente, seja a turismo ou a trabalho. Entretanto, por extensão os Tribunais tem assegurado a eles todos os direitos e garantias fundamentais de nossa Carta Magna e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Os principais direitos humanos fundamentais são a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade.

A igualdade em nossa legislação não está restrita ao gênero masculino, é para todos, independente de sexo:

"CF/88. Art. 5º...

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição."

Ao ler esse artigo que trata do direito de igualdade das mulheres lembramos da conquista da cidadania feminina, da igualdade de direitos e deveres existente entre homens e mulheres, da proibição da discriminação em razão do sexo(gênero), do direito de acesso aos cargos públicos pelas mulheres e da garantia que a classe feminina ganhou para escolher e exercer livremente toda e qualquer profissão.

Na mesma esteira de pensamento e proteção, a Constituição Federal de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, estabeleceu a proibição da tortura e da humilhação de todo e qualquer indivíduo, independente de sexo, raça, cor, idade, etc...

"Art, 5º...

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;"

Reconhecendo que o Brasil é um país de muitas faces, com diversas religiões, culturas e povos, cada qual preservando suas crenças específicas e em respeito a essa diversidade, os legisladores asseguraram constitucionalmente a liberdade de crença e de culto religiosa, ratificando os dizeres da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

"Art 5º...

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;"

A fé é um direito precioso que está atrelado aos valores de cada ser humano e muitas vezes confunde-se com sua própria identidade e motivação para viver.

Não haveria liberdade e igualdade, nem exercício pleno da cidadania e tão pouco direito de expressão se houvesse repressão ao direito de crença e culto religioso.

Por outro lado, existia o perigo, iminente, da retaliação aos que manifestassem suas crenças e realizassem seus cultos e para resolver a questão os constituintes preconizaram:

"Art.5º...

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;"

Destarte, se alguém por motivos de crença religiosa, convicção filosófica ou política estiver impossibilitado de cumprir obrigação legal, não precisará se privar de suas crenças e convicções mas deverá cumprir prestação alternativa.Ex: Os protestantes de sétimo dia que não votarem aos sábados deverão justificar sua ausência ou então pagar a multa.

Pensar em igualdade e combate á discriminação envolve a proteção à privacidade, à dignidade e à honra.

É cediço que o tempo não retroage e que as feridas ainda que cicatrizem, deixam marcas que podem ser permanentes, marcas estas que retratam a dor moral que surge quando o ser humano tem sua privacidade, honra e dignidade atingidas pelo preconceito e pela discriminação.

A dor moral não tem remédio mas pode ser aliviada, compensada pela punição do autor do ato ilícito, compensação esta que traz um certo alívio para quem recebe a indenização e coíbe o infrator para que não reincida em suas infrações. A indenização por danos morais, bem como a por danos materiais está claramente disciplinada na Constituição de 1988, no art. 5º, X :

"Art 5º...

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;"

Observe ainda que a CF/88, artigo. 3º, ao dispor sobre os objetivos fundamentais do Estado afirma categoricamente que são objetivos da República Federativa do Brasil:

?A construção de uma sociedade livre, justa e solidária;

?Assegurar o desenvolvimento nacional;

?Erradicar a pobreza e a marginalização, além de reduziras desigualdades sociais e regionais;

?Promover o "bem de todos" (não fala em bem comum), sem preconceito de raça, sexo, cor, idade, nível cultural, nacionalidade ou qualquer outra espécie de preconceito, combatendo a discriminação.

Fica claro que o Brasil tem interesse em combater o racismo e toda e qualquer espécie de discriminação para construir um país mais justo e solidário, onde os cidadãos participem ativamente do governo, seja através de seus representantes, seja através da fiscalização e do controle das ações dos políticos e governantes.

O combate ao racismo e a discriminação devem estar presentes na consciência do povo brasileiro, inclusive a nível internacional, isto é, em suas relações no exterior e em seu relacionamento com os estrangeiros (art.4º da CF/88) eis que dentre os objetivos da política brasileira nas relações internacionais destacam-se a Prevalência dos Direitos Humanos;

a Igualdade entre os Estados, a Defesa da Paz e o Combate ao Racismo e ao terrorismo, bem como a Integração econômica, social política e cultural com os povos da América Latina (Mercosul).

Observa-se, entretanto, que apesar de toda a legislação e facilidades de acesso à justiça, o preconceito e a discriminação continuam a existir e ferir injustamente os negros, afro-descendentes, as mulheres, os idosos, as crianças, os pobres e miseráveis.

A tratar da discriminação e preconceito racial, Valente [11] nos lembra que:

"...em todo lugar e a todo momento, atitudes de preconceito e de discriminação acontecem. Mas as pessoas fingem não ver e preferem não discutir esse fato. As conversas sobre o assunto são evitadas. No Brasil é comum ouvir-se: Aqui não temos esse tipo de problema! Brancos, índios e negros vivem na mais perfeita harmonia!"

Conclui-se que não basta haver uma legislação protetiva, acesso à justiça e diversas ações afirmativas que tenham por objetivo combater o preconceito e a discriminação, é necessário falar sobre o assunto, conscientizar a população de que o preconceito e a discriminação existem e de que não são corretos, nem normais e que aqueles que praticam a discriminação devem ser denunciados e punidos.

O silêncio e a aceitação da discriminação como fato natural, além de conduzir à impunidade, retratam o conformismo e retardam a conquista efetiva da cidadania dos discriminados.



[1] Brasil, Gênero e Raça. Ministério do Trabalho. In: http://www.mp.os.gov.br

[2] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Mini-Aurélio século XXI: O Mini Dicionário da Língua Portuguesa, coord. ANJOS, Margarida dos e FERREIRA, Marina Baird et aut. 4ª ed. rev. e amp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira 2.000.p. 578.

[3] Brasil, Gênero e Raça. Ministério do Trabalho. In: http://www.mp.os.gov.br

[4] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Mini-Aurélio século XXI: O Mini Dicionário da Língua Portuguesa, coord. ANJOS, Margarida dos e FERREIRA, Marina Baird et aut. 4ª ed. rev. e amp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira 2.000.p. 551.

[5] Brasil, Gênero e Raça. Ministério do Trabalho. In: http://www.mp.os.gov.br

[6] Brasil, Gênero e Raça. Ministério do Trabalho. In: http://www.mp.os.gov.br

[7] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Mini-Aurélio século XXI: O Mini Dicionário da Língua Portuguesa, coord. ANJOS, Margarida dos e FERREIRA, Marina Baird et aut. 4ª ed. rev. e amp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira 2.000, p. 239.

[8] SILVA, Zacarias Anselmo da Combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação social. Natal/RN, 2.001 in http://www.mp.pr.gov.br/gt_racismo/artigos_doutrina/combate_racismo.pdf , acesso em 24/03/2005 às 23hs20.

[9] Declaração Universal dos Direitos Humanos.

[10] Constituição da República Federativa do Brasil.8ª ed.São Paulo: Revista dos Tribunais,2003

Cartilha Cidadania para Todos : PRECONCEITO, RACISMO E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL

Cartilha Cidadania para Todos

12

PRECONCEITO, RACISMO E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL

O Estado brasileiro foi constituído a ,partir de diferentes matrizes étnicas e culturais, formando, assim, uma sociedade multicultural. As desigualdades sociais, construídas historicamente com base na exploração econômica, violência e escravidão gerou um modo de pensar e agir desiguais.

Várias são as incompreensões existentes entre os termos Preconceito, Racismo e Discriminação.

O documento Brasil, Gênero e Raça, lançado pelo Ministério do Trabalho, define:

Racismo – "a ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos";

Preconceito - uma indisposição, um julgamento prévio negativo que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos";

Estereótipo - "atributos dirigidos a pessoas e grupos, formando um julgamento a priori, um carimbo. Uma vez ‘carimbados’ os membros de determinado grupo como possuidores deste ou daquele ‘atributo’, as pessoas deixaram de avaliar os membros desses grupos pelas suas reais qualidades e passam a julgá-las pelo carimbo";

Discriminação – "é o nome que se dá para a conduta (ação ou omissão) que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, tais como: a raça, o sexo, a idade, a opção religiosa e outros".

Racismo é crime inafiançável e imprescritível.(Art. 5.º, XLII, CF).

Segundo a Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. A Carta diz, também, que constituem princípios fundamentais da Republica Federativa do Brasil o de promover o bem comum, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação.

Dentre os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor, punidos pela lei (Leis N.º 7.716/89 e 9.459/97), estão os seguintes:

1 – Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Pública, bem como negar ou impedir emprego em empresa privada.

2 – Recusar, negar ou impedir a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino público de qualquer grau;

3 – Impedir o acesso ou recusar o atendimento nos seguintes locais: a) restaurantes, bares e confeitarias; b) estabelecimentos esportivos, casas de diversões e clubes sociais abertos ao público; c) hotéis, pensões e estalagens;

4 – Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e respectivos elevadores ou escadas de acesso.

Caso você tenha sofrido algum tipo de discriminação racial, procure os endereços abaixo:

Procuradoria Geral da Defensoria Pública
Rua Profa. Alice Azevedo, 461 – 1.º andar – Centro
João Pessoa – PB CEP: 58.013-480
Tel.: (083) 241- 1113/1937

Conselho Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (CEDDHC)
Rua Profa. Alice Azevedo, 461 – 2.º andar, da sala 272/276 - Centro
João Pessoa – PB CEP: 58.013-480
Telefax (083) 221- 3593

Malungu – Organização Negra da Paraíba
Rua Cardoso Vieira, 265, – 1.º andar - Centro
João Pessoa – PB CEP:58.010-420

Procuradoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba
Curadoria da Defesa dos Direitos do Cidadão
Rua 13 de Maio, 677 – Centro
João Pessoa-PB CEP: 58.013-480
Tel.: (083) 241-3335 Fax: (083) 241-1224

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PB)
Rua Rodrigues de Aquino, 37 - Centro
João Pessoa – PB CEP: 58.013-030
Tel.: (083) 241-1099

Comissão dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa
Praça Presidente João Pessoa, s/n - Centro
João Pessoa – PB CEP: 58.013-140
Tel.: (083) 241-2323

Comissão dos Direitos Humanos da UFPB – Campus II
Centro de Humanidades
Campina Grande-PB CEP: 58.109-97
Tel.: (083) 310-1327

Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos e Sociais
Rua das Trincheiras, 43 – Centro
João Pessoa – PB CEP: 58.011-901
Tel.: (083) 241-8390 Fax: (0830241-2261

Procuradoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba
Curadoria da Defesa dos Direitos do Cidadão
Rua 13 de Maio, 677 – Centro
João Pessoa – PB CEP: 58.013-00
Tel.: (083) 241- 3335 Fax : (083) 241-1224

Oque é Discriminação???

Não é novidade para ninguém que as pessoas são diferentes entre si.
Basta olharmos para os lados para perceber isso. Existem os homens e as mulheres, raças/etnias distintas, tem gente gorda e tem gente magra, existem pessoas que têm algum tipo de deficiência, existem muitas religiões, as mais variadas opiniões sobre os mesmos assuntos e diferentes orientações sexuais.
ORIENTAÇÃO SEXUAL é um conceito relativamente novo que se refere aos sentimentos que existem dentro de cada um(a) de nós quanto ao relacionamento afetivo e sexual com outra pessoa.
Sabemos que as pessoas nascem com um sexo, MASCULINO ou FEMININO. No entanto, é através do contato com os outros seres humanos que vamos construindo o jeito de ser homem e o jeito de ser mulher. Esse COMPORTAMENTO sofre influência da CULTURA à qual pertencemos, da educação que nos é dada pela família e pela escola, e dos valores vigentes de cada época. É importante lembrar que não existe nenhuma verdade absoluta que defina o que leva uma pessoa à determinada orientação sexual.
Os padrões culturais da nossa SOCIEDADE definem como predominante a atração heterossexual e discrimina a atração homossexual e bissexual.
Pois é, estaria tudo muito bom se estas DIFERENÇAS entre as pessoas não se transformassem em DESIGUALDADES. Freqüentemente, pessoas que divergem dos padrões predominantes são tratadas de forma desigual e negativa. DISCRIMINAR é justamente isso, desvalorizar uma pessoa em função de seu sexo, sua raça/etnia, religião, orientação sexual, saúde, classe social, idade, etc... E, pode crer, não existe nada que magoe mais do que ser discriminada!

Uma história sobre racismo

Isso aconteceu num vôo da British Airways entre Johannesburgo e Londres. Uma senhora branca, de uns cinqüenta anos, senta-se ao lado de um negro. Visivelmente perturbada, ela chama a aeromoça: Qual é o problema, senhora? Pergunta a aeromoça: Mas você não está vendo? Responde senhora.Você me colocou do lado de um negro. Eu não consigo ficar do lado destes nojentos.Me dê outro assento.Por favor, acalme-se.Diz a aeromoça.Quase todos os lugares deste vôo estão tomados.Vou ver se há algum lugar disponível.A aeromoça se afasta e volta alguns minutos depois.Minha senhora, como eu suspeitava, não há nenhum lugar vago na classe econômica.Eu conversei com o comandante e ele me confirmou que não há mais lugar na executiva.Entretanto ainda temos um assento na primeira classe.Antes que a senhora pudesse fazer qualquer comentário, a aeromoça continuou:É totalmente inusitado a companhia conceder um assento de primeira classe a alguém da classe econômica, mas, dadas as circunstâncias, o comandante considerou que seria escandaloso alguém ser obrigado a sentar-se ao lado de pessoa tão execrável.E dirigindo-se ao negro, a aeromoça complementa:Portanto, senhor, se for de sua vontade, pegue seus pertences que o assento da primeira classe está à sua espera.E todos os passageiros ao redor que, chocados, acompanhavam a cena, levantaram-se e bateram palmas.
http://amaivos.uol.com.br/templates/amaivos/amaivos07/noticia/noticia.asp?cod_noticia=1435&cod_canal=42

1 por todos e todos por 1


Inceparáveis para sempre


Somos todos amigos não importa a diferença


Sempre juntos


A brincadeira que nao tem graça

Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”. Estudos recentes revelam que esse comportamento, que até há bem pouco tempo era considerado inofensivo e que recebe o nome de bullying, pode acarretar sérias conseqüências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda na auto-estima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias.

Por Diogo Dreyer

Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores, está longe de ser inocente. Ele é tão comum entre crianças e adolescentes que recebe até um nome especial: bullying. Trata-se de um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos agressivos entre estudantes. Traduzido ao pé da letra, seria algo como intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é aquele aluno perseguido, humilhado, intimidado.

E isso não deve ser encarado como brincadeira de criança. Especialistas revelam que esse fenômeno, que acontece no mundo todo, pode provocar nas vítimas desde diminuição na auto-estima até o suicídio. “bullying diz respeito a atitudes agressivas, intencionais e repetidas praticadas por um ou mais alunos contra outro. Portanto, não se trata de brincadeiras ou desentendimentos eventuais. Os estudantes que são alvos de bullying sofrem esse tipo de agressão sistematicamente”, explica o médico Aramis Lopes Neto, coordenador do primeiro estudo feito no Brasil a respeito desse assunto — “Diga não ao bullying: Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes”, realizado pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). Segundo Aramis, “para os alvos de bullying, as conseqüências podem ser depressão, angústia, baixa auto-estima, estresse, absentismo ou evasão escolar, atitudes de autoflagelação e suicídio, enquanto os autores dessa prática podem adotar comportamentos de risco, atitudes delinqüentes ou criminosas e acabar tornando-se adultos violentos”.

A pesquisa da Abrapia, que foi realizada com alunos de escolas de Ensino Fundamental do Rio de Janeiro, apresenta dados como o número de crianças e adolescentes que já foram vítimas de alguma modalidade de bullying, que inclui, além das condutas descritas anteriormente, discriminação, difamação e isolamento. O objetivo do estudo é ensinar e debater com professores, pais e alunos formas de evitar que essas situações aconteçam. “A pesquisa que realizamos revela que 40,5% dos 5.870 alunos entrevistados estão diretamente envolvidos nesse tipo de violência, como autores ou vítimas dele”, explica Aramis.

A denominação dessa prática como bullying, talvez até por ser um termo estrangeiro, ainda causa certa polêmica entre estudiosos do assunto. Para a socióloga e vice-coordenadora do Observatório de Violências nas Escolas — Brasil, Miriam Abramovay, a prática do bullying não é o que existe no país. “O que temos aqui é a violência escolar. Se nós substituirmos a questão da violência na escola apenas pela palavra bullying, que trata apenas de intimidação, estaremos importando um termo e esvaziando uma discussão de dois anos sobre a violência nas escolas”, opina a coordenadora.

Mas, tenha o nome que tiver, não é difícil encontrar exemplos de casos em que esse tipo de violência tenha acarretado conseqüências graves no Brasil.

Em janeiro de 2003, Edimar Aparecido Freitas, de 18 anos, invadiu a escola onde havia estudado, no município de Taiúva, em São Paulo, com um revólver na mão. Ele feriu gravemente cinco alunos e, em seguida, matou-se. Obeso na infância e adolescência, ele era motivo de piada entre os colegas.

Na Bahia, em fevereiro de 2004, um adolescente de 17 anos, armado com um revólver, matou um colega e a secretária da escola de informática onde estudou. O adolescente foi preso. O delegado que investigou o caso disse que o menino sofria algumas brincadeiras que ocasionavam certo rebaixamento de sua personalidade.

Vale lembrar que os episódios que terminam em homicídio ou suicídio são raros e que não são poucas as vítimas do bullying que, por medo ou vergonha, sofrem em silêncio.

Além de haver alguns casos com desfechos trágicos, como os citados, esse tipo de prática também está preocupando por atingir faixas etárias cada vez mais baixas, como crianças dos primeiros anos da escolarização. Dados recentes mostram sua disseminação por todas as classes sociais e apontam uma tendência para o aumento rápido desse comportamento com o avanço da idade dos alunos. “Diversos trabalhos internacionais têm demonstrado que a prática de bullying pode ocorrer a partir dos 3 anos de idade, quando a intencionalidade desses atos já pode ser observada”, afirma o coordenador da Abrapia.

by:marin

Vamos dar um NÃO para o racismo